Livro marca ausência de Renato Pacheco


Edição de 2024 do Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo, com organização de Getúlio Marcos Pereira Neves, o livro 20 anos sem Renato Pacheco marca a ausência desse importante intelectual capixaba entre nós. Esta é a segunda publicação do IHGES sobre um dos mais queridos escritores do Espírito Santo. Em 2003, ainda quando ele estava entre nós, publicou-se O reino conquistado - estudos em homenagem a Renato Pacheco, organizado por Fernando Achiamé e Reinaldo Santos Neves. Agora, no ano em que faz vinte anos de sua morte, sai este título com publicação de ensaios consistentes de Getúlio Neves, Luiz Guilherme Santos Neves e Oscar Gama, entre outros, e depoimentos que nos colocam dentro da vida cotidiana de Renato Pacheco, seja na família, seja no trabalho. Do funcionário público, juiz de carreira, podemos contar neste livro com perfis significativos do servidor RP traçados por seu colega de ofício Sebastião Teixeira Sobreira, que fará revelações sobre o homem ético, comprometido e inventivo dentro de sua atividade laborativa, e de Tatiana Gianordoli Teixeira, assessora de comunicação do tribunal. Não falasse ela de Renato Pacheco, suas palavras imediatamente remetem quem o conheceu à pessoa a quem se refere a jornalista. Destaca-se de seu texto uma das mais significativas características do educador humanitário que ele foi: “O quanto aprendi e fui, por ele, impulsionada, jamais saberei quantificar. Para mim, sua maior vocação era compartilhar o saber (...)”  Da intimidade doméstica do homem-familiar Renato, o livro traz depoimentos de três de seus filhos: Rodrigo Bonfim Pacheco, Guilherme Bomfim Pacheco e Renata Bomfim Pacheco. A neta Taís Poncio Pacheco Diniz, em “Vovô Renato”, faz  do avô carinhoso, dentro de casa, um retrato que emocionará todos aqueles que conviveram com ele, principalmente nos anos que antecederam sua morte, dando dele um fiel retrato de sua humanidade. O livro 20 anos sem Renato Pacheco, cujo conteúdo marca a importância de sua obra, a saudade dos amigos e a revelação dos familiares, é uma edição oportuna para que se lembre sempre desse nome entre os capixabas, costumeiramente distraídos da memória daqueles que contribuíram para a formação e evolução das coisas do nosso canto no mundo.

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